🇩🇪 Quem diria que ele iria voltar, hein?
Achou que Mick Schumacher iria embora? Nada disso! O nome da família alemã mais conhecida da história da F1 não está só na Ferrari, mas também na Mercedes.
🔙 troca-troca
Quem diria que o Mick Schumacher se daria bem na volta repentina à F1, trocando o certo pelo duvidoso.
🚨Mick Schumacher na Mercedes!
🛞 BASTIDORES DO PADDOCK
Sim, é isso mesmo que você leu. Mick Schumacher está de volta à F1. O ex-piloto da Haas e de desenvolvimento da Ferrari, conforme a montadora italiana noticiou no último dia 15 de dezembro, assinou contrato para ser piloto reserva da equipe de Toto Wolff para a próxima temporada.
Após uma temporada absolutamente de tropeços, o filho do Heptacampeão mundial, como foi dito aqui no GRID, não era bem visto por Günther Steiner, não só pela intromissão excessiva da família do piloto no staff da equipe, mas também pela falta de cuidado em relação ao carro.
Afinal, por conta das batidas em excesso, Mick foi o piloto que mais deu prejuízo a uma equipe na F1 em 2022, conforme levantamento do Racing News 365.
Para uma equipe pequena, que necessita de dinheiro “pra ontem” em tempos de teto orçamentário, experiência num piloto sempre vem a calhar. Tanto que no final do ano, Schumacher foi substituído pelo experiente alemão Nico Hülkemberg.
Sem emprego, a chance de voltar a ser piloto titular numa equipe da categoria seria escassa. No entanto, a Mercedes concedeu, o que por assim dizer, uma segunda chance ao jovem piloto alemão que reconheceu que terá muito o que aprender nesta nova fase, em declaração sobre o anúncio da equipe prateada do grid.
“A Fórmula 1 é um mundo fascinante, e você nunca para de aprender, então estou ansioso para absorver mais conhecimento e colocar todos meus esforços em benefício da Mercedes”, disse Mick.
Para o lado da Mercedes, o nome de Mick agrada pela recém experiência do piloto na F1. Além disso, por ter 24 corridas, o campeonato do ano que vem por ser o mais longo da história, o que amplia a possibilidade de algum titular estar impossibilitado por questões médicas de pilotar. Isso tem ocorrido muito ainda mais com os quadros de covid no mundo.
De acordo com o chefe Toto Wolff, Mick é um talentoso piloto e é de extrema satisfação tê-lo na equipe.“Ele trabalha duro, tem uma abordagem calma e metódica e ainda está com fome de aprender e melhorar como piloto. Todas essas são importantes qualidades, e estamos animados de tê-lo ao nosso lado, ajudando-nos com o desenvolvimento do W14”, disse.
🇩🇪 Gratidão a Michael Schumacher
Outro ponto importante é que a ligação entre Mercedes e família Schumacher não começou ontem. Muito pelo contrário! Segundo blog do Flávio Gomes, a montadora alemã pagou 300 mil dólares à Jordan por um cockpit vago, permitindo a estreia de Michael Schumacher na F1.
Além disso, após se aposentar pela primeira vez em 2006, Michael atendeu a um pedido dos alemães para fazer parte do projeto da Mercedes, que nasceu a partir da compra da Brawn GP. O piloto heptacampeão foi piloto integrante da equipe até 2012, quando de fato se aposentou.
Sem dúvidas, o campeoníssimo piloto alemão contribuiu para a história vencedora da equipe.
E, por todo esse histórico, contratar o seu filho, lhe dando essa segunda oportunidade de quem sabe, futuramente, ser piloto titular na mesma equipe em que seu pai contribuira, é um sinal de gratidão a toda a família Schumacher, certamente.
🐎🇮🇹 Ferrari anuncia Frederic Vasseur como substituto de Mattia Binotto
Não tão inesperado quanto o anúncio de Mick na Mercedes, a Ferrari enfim executou o que já estava claro nos rumores: Frederic Vasseur, ex-chefe da Alfa Romeo, mudará de casa em 2023 para um lugar não tão distante na Itália: ocupará o cargo de chefe na equipe mais tradicional e caótica da F1.
Tradicional porque é inegável a associação da Ferrari com a história do automobilismo. Por detalhes, são quase sinônimas. Mas, nos últimos anos, têm batido na trave pelo campeonato, que não tem seu piloto como vencedor, desde 2008, quando Raikkonen foi campeão.
A equipe também bate cabeça e desde os tempos do Massa em que a Ferrari fica desde então conhecida por suas cômicas (e por que não trágicas) estratégias de corrida que fazem muitos pilotos de bobos da corte ao invés de protagonistas do espetáculo.
Bom, para o CEO da equipe de Maranello, Benedito Vigna, a escolha por Vasseur foi muito boa por ele aliar “seus fortes pontos técnicos como engenheiro, capaz de tirar o melhor de seus pilotos e equipe consistentemente.”
Também não é para menos, Vasseur tem um longo e bem sucedido histórico com o automobilismo de base. Ele é fundador da ART, uma equipe tradicionalíssima de séries pré-F1, além da ASM. Possui uma longa e extensa lista de títulos na Fórmula 3 Euro Series e para não dizer que não falei das flores, trabalhou com nomes de peso como Hamilton, Vettel e Rosberg, que foram campeões nas categorias de base em suas equipes.
Na F1, a história começou na Renault, em 2016. Depois foi para a Sauber no ano seguinte, que consolidou uma parceria com a Alfa Romeo, cujo nome só se instaurou na equipe em 2019. Em seis anos, o melhor resultado de longe foi o deste ano, quando terminou a temporada com 55 pontos, frente aos 13 do ano passado, ficando na sexta posição no campeonato de construtores.
Agora, fica a expectativa por mudanças estruturais na equipe vermelha. O que será da Ferrari com um chefe novo? Será que o cavalo haverá de brilhar novamente nas corridas? Aguarde a cena dos próximos capítulos.
⛽ pit stop
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Publicado originalmente em https://br.grid.racing em 16 de Dezembro, 2022.