🏎️ GP em Abu Dhabi morno encerra temporada 2023 na F1
Em 22 corridas, 19 Max venceu. Certamente uma marca difícil de ser apagada. Mais de 92% de aproveitamento dos pontos distribuídos na temporada, a mais dominante da história de um piloto.
🧃 descanso
Depois de 2023 ser a temporada de um piloto só e com várias barbeiragens, o estagiário merece um descanso. Mas, vocês não ficarão sem Grid F1, porque a F1 só começa quando ela literalmente termina. Os bastidores continuam on.
🛞 PADDOCK
🛞 Verstappen vence o 54º GP da carreira e finaliza a temporada com mais recordes em Abu Dhabi
Não tem jeito. Se cada ano de uma edição da F1 tivesse que ser nomeada, certamente a temporada de 2023 teria que se chamar de Max Verstappen. Não houve na história deste esporte um nome tão preponderante e uníssono do início ao fim de um ano inteiro.
Pela 22ª corrida de 2023, Max Verstappen venceu o seu 19º, somando mais 26 pontos dos 575 feitos durante o ano. O tricampeonato antecipado e esta vitória como tantas outras foram mais uma confirmação do amplo domínio que o piloto imprimiu durante a temporada com marcas muito interessantes para ele e para a própria equipe.
Para se ter ideia, se a Red Bull apenas considerasse os números de Max Verstappen para o campeonato de construtores, a equipe austríaca ainda conquistaria o hexacampeonato na F1, já que a Mercedes, que confirmou hoje o vice-campeonato, ficou apenas com 409 pontos. É um esculacho.
Outro ponto importante da temporada é que a Red Bull quebrou o recorde da McLaren de Senna e Prost, de 1988, em termos de aproveitamento numa temporada. Naquela época, a companhia vencera com os dois pilotos em 16 corridas, 15 GPs, o que dá 93,75% de aproveitamento. A Red Bull, neste ano venceu 21 de 22 (19 de Verstappen e dois de Pérez), o que dá 95,45% dos GPs conquistados no ano. Um recorde difícil de ser quebrado.
Além disso, Verstappen quebrou outros dois recordes neste ano. Um foi se tornar o primeiro piloto a alcançar a marca de mais de 1000 voltas lideradas num mesmo ano. Foram 1003 de 1325 em todos os grandes prêmios.
O outro recorde, bastante previsível inclusive, é o de ter se tornado o terceiro maior piloto em número de vitórias na história da F1 isoladamente. Verstappen tem agora 54 vitórias na carreira contra 53 do ex-piloto tetracampeão do mundo, Sebastian Vettel.
Agora, Verstappen está a 38 vitórias do segundo colocado, Michael Schumacher, no ranking. O futuro pode ser ainda bastante longo para o piloto holandês, de 26 anos de idade e três campeonatos no currículo.
🇦🇪 Como foi a última corrida em Abu Dhabi?
Quando as luzes se apagaram, Verstappen, pole-position soberbo, seguiu na frente, mesmo com Leclerc em seu cangote. Na primeira volta foi o único momento em que o holandês corredor foi incomodado durante a prova.
Na curva 5, o monegasco ficou um pouco a frente do holandês, mas não foi o suficiente para sustentar a liderança e deixá-la assim para o tricampeão atual da F1. A partir daí foi aquele domínio total sobre a corrida. Do segundo em diante, todos eram poeira para Max Verstappen, que seguiu absoluto para mais uma vitória na temporada.
Tirando o primeiro lugar, todos os outros lugares ficaram ameaçados. Em três voltas, Norris era o quarto colocado, Hamilton saía de 11º para nono e Sainz, com sua Ferrari, que teve problemas na eliminação do Q1, era 13º após largar em 16º.
Mais tarde, Pérez, como sempre em corrida de recuperação, ultrapassou Hamilton, saindo de décimo para nono lugar. A ultrapassagem rápida e fácil havia um motivo: o inglês havia conquistado a posição anteriormente usando o lado de fora da pista. Para evitar punições o heptacampeão mundial deixou a Red Bull passar.
Já com sete voltas, o desgaste de pneus na McLaren era uma realidade. Piastri levava uma sonora pressão da Mercedes de Russell, mas o australiano conseguia se defender bem. Mas, na 11ª volta, o inglês tomou a quarta colocação. A sua frente, Norris e Leclerc eram avisados sobre limites de pista.
Como o desgaste dos compostos era grande, Piastri parou nos boxes na 13ª volta. Alonso, na volta anterior, também havia parado. Os pneus pareciam estar indo para o ralo para todo mundo, inclusive para Verstappen, que reclamava sobre o ritmo do carro por conta do desgaste. Apesar disso, a vantagem dele sobre Leclerc, o segundo colocado era de 1,5s.
Na 13ª volta, McLaren erraria no tempo na parada de Norris e o inglês perderia tempo em relação a Russell, que voltou na frente.
O momento mais inusitado da corrida foi quando Verstappen parou na 18ª volta. Isso porque, com a grande movimentação dos carros nos pit-stops, Tsunoda que havia largado em sexto, era um dos poucos que não havia parado ainda e herdaria ali a primeira posição. O japonês seguiu nela em seis voltas, se tornando o piloto nipônico a liderar mais voltas num GP da F1.
Mesmo com Verstappen atrás, começava a recuperar terreno. O retorno à liderança seria questão de tempo. Na volta 23, o holandês estaria novamente com ela, com 4,5 s de distância sobre Leclerc.
Um ponto curioso foi a manutenção de Sainz e Bottas na pista. O desgaste de pneus na pista era nítido e quem não parasse cedo, iria sofrer bastante com o ritmo lento do carro. Isso foi no mínimo incompreensível para a Ferrari, que precisava do seu segundo carro para ficar entre os 10 primeiros para lutar pelo vice-campeonato de construtores.
Mas, como na companhia de Maranello, ninguém faz estratégia sem ser os próprios pilotos, Sainz pararia na 24ª volta tendo largado em 16ª lugar. O carro da Ferrari andava quase que literalmente para trás em relação ao resto do grid. Após a grande e longa janela de pit-stops, os dez primeiros eram: Verstappen, Leclerc, Russell, Norris, Piastri, Alonso, Pérez, Ricciardo, Hamilton e Tsunoda.
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🇲🇽 Pérez decisivo de forma negativa para vice-campeonato da Mercedes
Quem estava com apetite era Pérez, que ultrapassava Alonso e faria o mesmo com Piastri para chegar no bloco dos cinco primeiros colocados. Mais adiante, mais uma grande entrada e saída nos boxes.
A corrida teria um movimento interessante a partir da 37ª volta de 58, quando Hamilton ultrapassaria Alonso na briga pela 11ª posição. No entanto, o destaque foi metros antes da ultrapassagem, quando o espanhol meteu um “break test” - teste de freios - quando estava a frente do piloto heptacampeão mundial.
Dez voltas adiante, Alonso chegaria à oitava colocação, ultrapassando Sainz, que demonstrava ter sinais de pneus desgastados. O top-10 naquele momento era Verstappen, Leclerc, Russell, Norris, Pérez, Tsunoda, Piastri, Alonso, Sainz e Hamilton.
Até ali, era a Ferrari que estava levando vice-campeonato de construtores até que entra a manobra perigosa e desastrada de Sergio Pérez. O mexicano, sedento pela quarta colocação, foi muito seco na curva e encostou no carro de Norris na ultrapassagem mal sucedida.
Nesse momento, outra ultrapassagem que influenciaria no destino da Mercedes como vice-campeã: Hamilton passaria com facilidade no final da reta o carro lento de Sainz, tomando a nona posição do ferrarista. Na volta 48, Perez após uma tentativa ruim, finalmente passou Norris, sem parecer um avião kamikase.
Porém, aquele encontrão causado por Pérez sobre Norris deixaria consequências pelo caminho. Por ser o piloto com maior ritmo sobre a Mercedes de Russell, em terceiro lugar, o mexicano poderia influenciar diretamente em favor da Ferrari sobre o vice-campeonato. Mas, mesmo tendo o ultrapassado faltando quatro voltas para o fim, Pérez foi punido por cinco segundos por conta daquele incidente na pista.
Assim, Pérez, que estava a menos de cinco segundos de Russell, mesmo estando na segunda posição, cairia para quarto, o que acabou acontecendo no final das contas quando ocorreu a bandeirada. No pódio ficaram Verstappen, que fechou a prova com o ponto extra da melhor volta e a vitória, Leclerc, na segunda posição e Russell com o terceiro e decisivo lugar para deixar a Mercedes como vice-campeã de construtores. Veja como foi a corrida.
Quando a F1 vai voltar? Agora, as equipes terão um compromisso no dia 28 de novembro para começar os testes de pós-temporada. Mas, a primeira corrida do próximo ano será no dia 2 de março, no GP do Bahrein.
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⛽ pit stop
Enquanto você está nos boxes para fazer as trocas dos pneus, veja o que mais pintou de novidade no mundo do automobilismo!
🏎️ Carro mais dominante da história da F1. Verstappen diz que RB19 “entregou muito” e admite sobre despedida: “Fiquei emocionado”.
📌 Rolou uma alfinetada de Fred Vasseur. Ferrari lamenta derrota para Mercedes na F1, mas exalta “terminar em 3º com bom tom”.
🗑️ Junta tudo e joga fora. Hamilton diz que “sobreviver a 2023” é única coisa boa da temporada: “Não foi bom ano”.
🟠 Força laranja. McLaren afirma que falta de pódio em Abu Dhabi “não tira brilho de temporada incrível”.
Pra não ficar só na F1, confira o que está rolando no mundo dos esportes:
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🏁 até quinta
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Publicado originalmente em https://br.grid.racing/ em 26 de novmebro de 2023