🎉🏎️ 2023 chegou, ainda bem 😅
Nada contra 2022, mas nada a favor também. Que 2023 o campeonato seja bem mais competitivo e emocionante, assim como 2021.
🪞🏎️ retrovisor
2022 passou rápido, mas não tanto quanto um carro de fórmula 1 numa reta com DRS ligado.
🎥 2022: um ano sem graça da F1
Novo modelo de carro e a difícil adaptação das equipes
Após um ano cheio de competitividade, 2022 veio com o novo modelo de carro, já mostrado no GP de Silverstone de 2021, cujo conceito era muito simples: facilitar mais as ultrapassagens na pista sem depender tanto do DRS.
No entanto, com os novos conceitos aerodinâmicos, algumas equipes de ponta como a Mercedes ficaram bastante prejudicadas com o porpoising, ou efeito golfinho, como é dito no Brasil.
Isso ocorreu por conta da tentativa do regulamento em recriar o efeito solo, que foi banido da F1 em 1982 por conta do alto índice de acidente à época. Contudo, como os carros de hoje são mais seguros do que os daquela época, a FIA achou por bem criar este conceito, que acabou mais prejudicando do que melhorando as corridas.
Como o efeito solo faz com que o carro tenha uma alta pressão aerodinâmica para baixo, gerando maior velocidade e aderência, acabava que o assoalho do carro ficava tanto apontado para o solo, que o próprio efeito se anulava.
Assim, o carro sobe de modo repentino, criando o porpoising principalmente nos finais de reta ou das curvas, o que dificulta na condução do carro e na sua estabilidade, o que é fundamental para vencer provas.
🐂 Red Bull nada de braçada e Verstappen se torna bicampeão em 2022
Poucas foram as equipes que entenderam como anular o problema do porpoising. As que largaram na frente foram Red Bull e Ferrari que não à toa foram as que mais brigaram entre si pelo título. Já a Mercedes ficou para trás, mesmo após quase uma década de domínio na F1.
Até a quinta corrida, havia algum equilíbrio entre os pilotos Leclerc e Verstappen que ganharam as 5 primeiras corridas, com uma de vantagem para o holandês. A partir do Circuito da Espanha, a balança pesa para a Red Bull que ganha mais 4 corridas até Sainz quebrar a sequência para a Ferrari no circuito de Silverstone.
Leclerc até venceu a corrida seguinte, mas daí por diante, o domínio foi absoluto de Verstappen, que empilhou mais 9 vitórias, que, somadas às 6 anteriores, chegou ao seu segundo título da F1 com o maior número de vitórias em GP de um piloto numa temporada na história da categoria, superando o recorde de Vettel e Schumacher, ambos com 13.
😒 Ferrari e Mercedes decepcionaram
Apesar da Ferrari ter largado na frente da Mercedes, ambas as equipes decepcionaram de acordo com as suas expectativas.
A Ferrari foi mal, porque pela primeira vez após 2018 que os italianos tinham alguma chance de levar o caneco para casa, ainda mais aproveitando a má fase de Hamilton nesta temporada, que além de ter ficado com um carro inguiável no início do ano, estava comendo poeira do seu companheiro de equipe, o promissor George Russell.
Tendo esta oportunidade, não poderia desperdiçá-la. Mas, Mattia Binotto brincou de ser chefe de equipe e não soube lidar com a pressão necessária para alcançar a excelência na equipe. Não à toa, que Binotto foi ao RH no fim do ano para dar lugar a Fred Vasseur, ex-Alfa Romeo.
Já a Mercedes, como mesmo admitiu muitas vezes ao ano, construiu um carro extremamente problemático e instável. Houve momentos em que a equipe estava disputando lugar no grid com a poderosa Haas, pasmem.
No entanto, ao longo do tempo, a equipe mostrou poder de resiliência e compreensão exata do que a temporada poderia oferecer.
Toto Wolff mostrou o porquê de ser um dos melhores gestores na F1 e após tanto persistir nos resultados, que o carro prateado venceu ao menos uma das 20 corridas: a do Brasil com George Russell, na sua primeira vitória na carreira na F1.
Aposentadoria de Vettel e a dança das cadeiras no grid da F1
Neste ano, outro fato marcante não só para a F1, mas também para o esporte a motor foi a despedida de Vettel das pistas no meio da temporada. O anúncio pegou todos de surpresa a partir de um vídeo de suas redes sociais, em que o tetracampeão mundial declarou que precisaria ter mais tempo com sua família.
A partir dessa lacuna na Aston Martin, um efeito dominó foi instaurado no grid.
A cada semana pipocava que um piloto iria sair, outro renovar e a confusão foi armada. Alonso foi para Aston Martin, e a Alpine que pensou que estava tudo certo com Oscar Piastri para assumir a vaga do veterano piloto espanhol, descobriu que o australiano estava de malas prontas para assumir a vaga de Ricciardo na McLaren, que ficou de fora da F1 até ser chamado para terceiro piloto na antiga casa que o revelou: a Red Bull.
Após tanto tentar sem sucesso a superlicença para o americano piloto da Indy Colton Herta, a Alpha Tauri renovou com o pouco confiável, Tsunoda e fechou com De Vries, que estava na Mercedes como piloto reserva. Gasly foi de malas prontas para a Alpine e formar dupla com o compatriota Ocon.
De tanto bater, a Williams dispensou Latifi para chamar o novato Logan Sargeant. Pela mesma lógica, Mick Schumacher não teve o seu contrato renovado na Haas, que preferiu no caso, chamar de volta à F1 o experiente Nico Hülkemberg.
Apesar disso, o filho do heptacampeão mundial, que se desfez de todos os laços com a academia de pilotos da Ferrari, está de casa nova: foi confirmado como terceiro piloto da Mercedes.
⛽ pit stop
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Publicado originalmente em https://br.grid.racing em 1 de Janeiro, 2023.